segunda-feira, agosto 30, 2010

Diário...

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Sol, 29 de agosto de 2.010. 

Ontem o dia foi realmente bom, o que me faz pensar que eu poderia viver todos os dias da minha vida daquela forma.
Foi simples, não houve festas nem bagunças. Não sai com as amigas pro shopping nem fiquei mexendo no twitter... Não que estas sejam as minhas concepções de domingo perfeito, mas sei que pra maioria das meninas da minha idade é.
Fui na chácara almoçar com a minha avó. Tava um belíssimo Sol... O que já é um ponto positivo pra qualquer dia ser bom... Acho que relaciono dias quentes com felicidade porque os piores dias da minha vida aconteceram enquanto estava um frio enorme... Por exemplo: o pior de todos, que aconteceu no auge do verão de 2006; era final de janeiro, deveria estar quente, porém fez um frio insuportável, que mais do que qualquer coisa, congelou um pedaço do meu coração... A tristeza era tão grande que nem o Sol se dignou a aparecer.. É engraçado pensar nisso, pois no dia anterior do ocorrido estava muito calor... péssimas lembranças! E no dia posterior, fez muito sol novamente... O.O
Enfim, voltando ao passado mais presente: ontem, fomos eu, minha mãe, meu namorado (depois de termos brigado na noite anterior), minha tia e meus dois ratinhos (Rafa e Léo) passar o dia no lugar em que eu tanto gosto de estar... É estranho pensar assim, pois a maioria das pessoas que nos conhecem a mais de 7 anos, principalmente da minha família, não gostam de ir pra lá, se sentem mal e acham que há uma atmosfera negativa cercando o lugar... Mas comigo não brother... Pra mim principalmente, as lembranças deveriam me fazer sofrer e querer logo fugir de lá... Não vou negar, que no começo isso acontecia sim e que sempre me revolto por ter perdido tanto, mas não sei bem como explicar, só sei que e aquele cheiro de mato e terra faz agora meu coração ficar em paz...
Uma bela demonstração de perdão e bondade me fez pensar nos reais motivos de estarmos vivendo... Como o rancor e a maldade, que devem sempre estar longe dos nossos sentimentos e principalmente das atitudes...
Eu me divirto muito ao lado das pessoas que sempre estão comigo... Depois de um almoço bom e divertido, conversando sobre política e emprego, neste momento com o meu tio também, que se juntou a nós, esticamos uma coberta na sombra e ficamos observando as vacas e conversando... Percebi que minha avó, em toda a solidão que a cerca, foi se retirar na sua cama, para ouvir algumas músicas polonesas, mas eu sabia, que no íntimo dela, queria estar com nós lá fora, então fiz a minha parte de neta chata e que enche o saco dela o tempo todo e a levei lá fora, prometendo que por mais que ela não conseguisse levantar, eu a puxaria.
Assim, ficamos, a tarde toda... Deitados, comendo laranja, se balançando, rindo da minha tia e incentivando as suas paqueras, correndo o tempo todo descalça, dando risada do meu afilhado chamar capacete de pa cacete, bebendo refrigerante congelado e falando das vidas alheias...
Só o que eu sei, é que aprendi que devo sempre valorizar a minha família, pois eles sabem me fazer feliz, e talvez por este motivo, Deus os colocou na minha vida tão próximos, como meus familiares e namorado e não como amigos...
Enquanto estávamos indo embora, no final da tarde, rindo do meu afilhado lutando consigo mesmo e das bobeiras que dizemos, senti que aquela era a SENSAÇÃO de felicidade, primeiramente a visão daquele Sol perfeito se pondo, quase vermelho, que durante a tarde nos fez compania, embora estivéssemos na sombra; depois, o anoitecer perto da natureza, unido com as pessoas que amo, um vento gelado na temperatura quente, dando a impressão de que aquela demonstração da natureza queria dizer que éramos especiais o suficiente pra sentir aquilo... Não existia outro lugar em que eu gostaria de estar senão aquele.

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